Compositor: Aníbal Sampayo / German Aranda
Quando a confusão começou na casa do manco
As pessoas da alta-sociedade dançavam canções
Me passaram o cartão
Uma mulher meio vesga
De nome esquisito
E o manco dançava meio trote
Vestido um smoking e alpargatas com bigode
Por volta das duas da madrugada
Chegou o policial, caçando confusão
E segurando o manco pelo smoking
Agarrando o cangote dele, disse: Vem aqui
Onde está a permissão para dançar?
Eu disse que não autorizava
E você, desobediente, resolveu brincar
Venha para cá, não fuja
Vamos ver se o senhor, sargento, conhece os regulamentos
Mostre para ele
E a confusão começou na casa do manco, amigo!
O sargento, que era meio desajeitado
Com um infeliz golpe de facão, cortou o cangote dele
E logo o carregaram para um canto
E ficou todo ensanguentado, pronto para ser velado
Depois, a mulher saiu de chinelo
Fazendo um coque para poder enterrá-lo
E depois, deu um baita grito, toda feliz
Vamos ver quem vai trazer a cachaça, que vamos festejar
Assim partiu o fiel manco
E sua mulher que o amava com fervor
Com Macedo, um cantor de improviso, ela fugiu no dia seguinte
Foi isso que aconteceu naquela noite cruel
E eu, por querer dançar cúmbia
Levei uma surra e o baile terminou terrível